Teresina – PI, por Sophia Santos – O axolote (Ambystoma mexicanum) é uma criatura aquática que desperta o fascínio de biólogos, amantes da natureza e entusiastas de animais de estimação em todo o mundo. Originário do México o Axolote: uma criatura fascinante e misteriosa, é um anfíbio caudado que apresenta características únicas que o tornam um ser verdadeiramente notável. Desse modo, neste artigo, o blog Pets Mundo Animal vai explorar as características, habitat, hábitos alimentares, reprodução, predadores e curiosidades sobre o axolote, revelando por que ele é tão admirado.
Axolote: uma criatura fascinante e misteriosa
Os axolotes, também conhecidos como “monstros aquáticos”, são verdadeiras maravilhas da natureza que vão muito além de sua aparência peculiar. Além de sua notável capacidade de regenerar membros perdidos, esses anfíbios mexicanos possuem uma série de características únicas que os tornam objeto de admiração e pesquisa em todo o mundo. Nesse sentido, exploraremos mais a fundo os segredos e maravilhas dos axolotes, revelando o porquê de estarem na lista de tesouros da biodiversidade.
Características notáveis
O axolote é um exemplo de neotenia, o que significa que mantém suas características larvais mesmo quando atinge a idade adulta. Ademais, isso ocorre devido ao fato de não possuírem os hormônios de tireoide responsáveis pela transformação em salamandras na forma adulta. Suas características incluem brânquias externas, pés palmados, barbatanas dorsais e uma cauda longa. Sua coloração varia entre o preto e o cinza, frequentemente adornada com manchas brancas.
Ademais, os axolotes podem crescer até 30 centímetros de comprimento e pesar entre 60 e 230 gramas. São carnívoros vorazes, alimentando-se de pequenos invertebrados aquáticos, como camarões de água doce, pequenos peixes, vermes e insetos aquáticos.
Habitat natural
Os axolotes são endêmicos do México, onde habitam lagos e canais de água doce. Esses ambientes são tipicamente caracterizados por vegetação densa, incluindo uma variedade de plantas aquáticas que servem como refúgio e fonte de alimento para esses anfíbios únicos.
Reprodução e ciclo de vida do Axolote
Os axolotes atingem a maturidade sexual aos 12-18 meses de idade e se reproduzem sexualmente. Bem como, as fêmeas podem colocar até 1.000 ovos em uma única estação reprodutiva. Nesse ínterim, em cerca de duas semanas, esses ovos eclodem, dando origem a filhotes que permanecem na fase larval por vários meses antes de se tornarem adultos, mantendo suas características larvais durante grande parte de suas vidas.
Predadores naturais
Na natureza, os axolotes enfrentam ameaças de predadores como peixes grandes, aves aquáticas e cobras-d’água, o que faz com que a sobrevivência dessa espécie seja desafiadora.
Axolotes: surpreendentes casos de metamorfose
Os axolotes, também conhecidos como “monstros aquáticos do México”, são reconhecidos por sua notável capacidade de regeneração. Além disso, eles surpreenderam a comunidade científica em 2016 quando alguns indivíduos passaram por um fenômeno raro de metamorfose durante o transporte de um laboratório no México para um laboratório na Alemanha. Durante essa jornada, esses axolotes sofreram mudanças físicas significativas, desenvolvendo pernas e pulmões, uma transformação incomum para essa espécie.
Embora a causa exata dessa metamorfose ainda não seja totalmente compreendida, vários fatores provavelmente contribuíram para o processo. Entre esses fatores, destacam-se o estresse associado ao transporte, variações de temperatura e a qualidade da água. Assim como, a hipótese de que eles podem ter feito canibalismo com os axolotes que faltavam no carregamento. Essa situação intrigante levou os cientistas a investigar a fundo o que desencadeou essa transformação.
Um estudo publicado em 2017 identificou que os axolotes transmorfos apresentavam níveis elevados de hormônios da tireoide. Essa descoberta sugere que a exposição a hormônios da tireoide vindos do canibalismo pode ter sido um fator desencadeante da metamorfose nos axolotes. Além disso, outro estudo publicado em 2018 revelou que esses axolotes transmorfos também possuíam níveis elevados de um hormônio chamado FGF2, que é conhecido por desempenhar um papel crucial no desenvolvimento de membros.
É importante ressaltar que os axolotes transmorfos são extremamente raros. A maioria dos axolotes não completa a metamorfose, mesmo quando expostos a condições estressantes semelhantes. No entanto, o caso de 2016 destaca a flexibilidade surpreendente dessa espécie em resposta a mudanças ambientais e a influência de hormônios. Essa descoberta pode ter implicações importantes para a conservação dos axolotes, possibilitando estratégias para ajudá-los a sobreviver em ambientes degradados.
Curiosidades sobre o axolote
O nome “axolote” tem raízes na língua asteca Nahuatl e significa “monstro aquático”. Sua aparência peculiar certamente justifica esse apelido.
Além disso, o axolote possui uma notável capacidade de regeneração, sendo capaz de regenerar partes do corpo, inclusive membros perdidos. Isso faz dele um animal valioso para pesquisas em laboratórios científicos.
Surpreendentemente, o axolote foi declarado extinto na natureza em 2010 devido à degradação de seu habitat natural, mas ainda, torna-se possível encontrá-lo em cativeiro, onde programas de conservação estão em andamento.
Devido à sua aparência única e comportamento intrigante, o axolote é popular como animal de estimação, com entusiastas dedicados ao redor do mundo.
Axolote: uma criatura fascinante e misteriosa
O axolote é uma criatura fascinante que continua a encantar e intrigar pessoas em todo o mundo. Em outras palavras, sua capacidade de regeneração, sua aparência singular e seu papel na pesquisa científica tornam-no um dos animais mais notáveis do reino animal. No entanto, a preservação de seu habitat natural é crucial para garantir a sobrevivência desta espécie incrível na natureza. Portanto, é fundamental continuarmos a aprender e apreciar o axolote e seus muitos mistérios.