Murucututu-de-barriga-amarela: uma coruja da mata atlântica

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Manaus – AM, por Felipe Souza – Você já teve o prazer de conhecer o murucututu-de-barriga-amarela: uma coruja da mata atlântica? Essa espécie única de coruja é uma residente da Mata Atlântica e de áreas abertas adjacentes a ela. Pertencente à família Strigidae, que abriga as corujas típicas, ela ostenta o nome científico de Pulsatrix koeniswaldiana. Neste blog Pets Mundo Animal, adentraremos o mundo dessa coruja noturna, explorando suas características marcantes, hábitos e as ameaças que enfrenta.

Explorando o murucututu-de-barriga-amarela: uma coruja da mata atlântica

A Mata Atlântica, com sua exuberante biodiversidade, é o lar de algumas das espécies mais cativantes do reino animal. Entre elas, destaca-se o murucututu-de-barriga-amarela, uma coruja noturna que habita essa região única do Brasil. Pertencente à família Strigidae, essa ave recebe o nome científico de Pulsatrix koeniswaldiana.

Características físicas da murucututu-de-barriga-amarela

murucututu-de-barriga-amarela
Murucututu-de-barriga-amarela: uma coruja da mata atlântica – Imagem Canva Pró.

O murucututu-de-barriga-amarela é uma coruja de porte médio, com medidas que variam de 37 a 54 cm de comprimento e um peso que oscila entre 331 e 670 g. Sua face é marcada por um disco facial castanho, adornado com sobrancelhas brancas e ocre que formam um “X” peculiar.

Em contraste com outras espécies de murucututus, seus olhos são castanho-escuros. Seu dorso exibe uma coloração castanho-escuro, enquanto a cauda apresenta faixas transversais brancas. Dessa forma, o nome popular “barriga-amarela” provém da coloração amarelada de seu ventre, que também se estende a um largo colar em seu pescoço. Suas pernas são emplumadas até os dedos.

Hábitos alimentares e reprodutivos: a vida noturna no pantanal

O murucututu-de-barriga-amarela é uma coruja estritamente noturna, realizando suas caçadas sob o manto da escuridão. Sua dieta abrangente inclui insetos de grande porte, aranhas, répteis, anfíbios, aves adormecidas e, especialmente, roedores e outros mamíferos de pequeno e médio porte. Então, costuma capturar suas presas no solo ou em galhos baixos, aproveitando-se de sua aguçada audição e visão adaptada à escuridão.

Reproduzindo-se na primavera e verão, quando o alimento é mais abundante, o murucututu-de-barriga-amarela escolhe ocos de árvores mortas para nidificar, onde a fêmea deposita um ou dois ovos. Desse modo, o macho desempenha um papel ativo ao fornecer alimento para a fêmea e os filhotes. Esse casal costuma utilizar o mesmo ninho em anos subsequentes, acumulando restos de presas e material vegetal no interior do ninho.

Distribuição geográfica e conservação: um tesouro da mata atlântica

O murucututu-de-barriga-amarela é uma espécie endêmica do sudoeste do Brasil, com ocorrência também em partes do Paraguai e da Argentina. Assim, seu habitat abrange tanto o interior quanto as bordas da floresta atlântica, podendo ser encontrado em clareiras e áreas com árvores esparsas. Sua presença estende-se desde o sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Sul.

Embora seja classificado como uma espécie pouco preocupante pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o murucututu-de-barriga-amarela enfrenta desafios significativos. Por fim, a perda e fragmentação de seu habitat, caça ilegal, tráfico de animais e conflitos com humanos são ameaças que requerem atenção. Portanto, é crucial preservar as áreas de floresta atlântica onde essa coruja singular reside e educar a população sobre sua importância para o equilíbrio ecológico.

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