Pequeno “rato do gelo” que conviveu com dinossauros

Porto Alegre – RS, por Carlos Gomes – Os paleontólogos que trabalham no norte do Alasca fizeram uma descoberta incrível. Encontraram fósseis de um pequeno mamífero que prosperou em condições extremamente frias na Terra. Há cerca de 73 milhões de anos, quando os dinossauros ainda vagavam pelo planeta. Veja agora no blog Pets Mundo Animal, sobre o pequeno “rato do gelo” que conviveu com dinossauros.

Pequeno “rato do gelo” que conviveu com dinossauros

Os paleontólogos fizeram uma incrível descoberta, os fósseis de um mamífero que não apenas sobreviveu, mas prosperou em condições extremamente frias na Terra, há aproximadamente 73 milhões de anos, quando os dinossauros ainda vagavam pelo planeta.

Uma descoberta gélida

Pequeno "rato do gelo" que conviveu com dinossauros
Pequeno “rato do gelo” que conviveu com dinossauros – Imagem Canva Pro.

Esses pequenos mamíferos enfrentaram invernos rigorosos, prováveis quedas de neve e até quatro meses de escuridão total, adaptando-se a um clima altamente sazonal. A equipe de pesquisa, liderada por Jaelyn Eberle da Universidade de Colorado Boulder, detalhou essa criatura do Cretáceo Superior em um estudo publicado na revista Journal of Systematic Palaeontology, nomeando-a Sikuomys mikros, derivado de “Siku,” uma palavra Inupiaq que significa “gelo,” e das palavras gregas “mys” e “mikros.

Um ratinho do gelo adequado

Apesar do nome, rato do gelo não era um rato, mas pertencia à extinta família de mamíferos Gypsonictopidae. Esse peludo sobrevivente assemelhava-se a um musaranho moderno e pesava incríveis 11 gramas, menos que uma lata de refrigerante vazia. Surpreendentemente, vivia o ano todo no Alasca, suportando até mesmo quatro meses de escuridão total no inverno e temperaturas abaixo de 0.

Atividade duradoura

Diferentemente de muitos mamíferos que hibernam, esses pequenos sobreviventes estavam ativos o ano inteiro. Eles escavavam debaixo do subsolo ou nas folhagens, se alimentando de principalmente de invertebrados como, insetos e vermes, mostrando uma incrível capacidade de adaptação.

Escavando para encontrar fósseis

Encontrar fósseis desses animais não foi tarefa fácil. A equipe identificou essa espécie a partir de pequenos dentes, cada um do tamanho de um grão de areia. Isso significa que os fósseis eram minúsculos e frágeis, tornando a descoberta ainda mais notável.

Um mundo perdido do ártico

Há 73 milhões de anos, no Alasca era um lugar muito diferente do que é hoje. Era uma mata congelada cheia de dinossauros, aves e pequenos mamíferos. Esses animais enfrentaram um clima de temperaturas mínimas, sobrevivendo a invernos rigorosos, nevascas e até ano de escuridão no inverno.

Um vislumbre do passado ártico

Essa descoberta fornece um fascinante vislumbre de como esses animais sobreviveram em um ambiente tão desafiador. O tamanho diminuto e a capacidade de viver no subsolo podendo ser essenciais para a sobrevivência do rato do gelo, proporcionando uma vantagem na adaptação às mudanças que se seguiram logo após o impacto do asteroide que levou à extinção dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos.

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